Fusão nuclear e energia sustentável, é possível?

























Pesquisadores americanos chegaram a um marco importante no seu trabalho para transformar a fusão nuclear  em uma fonte de energia  viável. Pela primeira vez, eles produziram mais energia do que foi posto para fusão.

Centrais nucleares existentes funcionam atráves da fissão nuclear, que divide os núcleos atômicos em pedaços menores, liberando energia. A forma mais comum envolve quebrar o urânio-235, que foi a técnica usada nas bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.

A fusão nuclear funciona de maneira oposta e é mesmo processo básico que faz com que o Sol libere calor e luz.

O National Ignition Facility, em Livermore na Califórnia (lugar onde foi gravado Star Trek: Além da Escuridão), por muitos anos vem trabalhando fusão nuclear através de uma ferramenta que concentra 192 feixes de laser em uma pequena bolinha de isótopos de hidrogênio. A ideia é liberar a energia, comprimindo os átomos de hidrogênio para fundir átomos de hélio, técnica usada nas bombas de hidrogênio.

O problema sempre foi que o processo consome mais energia para alimentar os lasers e outro componentes do que para criar a fusão. O NIF teve essa meta frustrada em Setembro de 2012, porém no mês passado foi revelado que o NIF conseguiu com sucesso a fusão que conseguiu gerar mais energia do que a consumida pelos os átomos de hidrogênio.


É importante notar que a energia produzida pela fusão é ainda menos do total da energia utilizada no processo, isso porque o sistema perde um pouco do poder de entrada ao longo do caminho, o que significa que não é entregue pelos lasers.

O objetivo é, portanto, ainda de alcançar o ponto de "ignição", o ponto em que a energia produzida pela fusão seja pelo menos igual ao da entrada total de energia para o processo. Se e quando isso se tornar possível, e poder com sucesso ser escalonado, pode ser concebível a construção de geradores de fusão nuclear, podendo rodar continuamente, sem intervalos. Um projeto internacional independente visa a criação de um sistema, em 2020, que possa gerar 10 vezes mais energia do que consome.

Quando isso for possível, os geradores de fusão nuclear certamente serão preferenciais aos geradores de fissão já existentes. Não é só mais fácil conseguir uma fonte de hidrogênio adequada, do que conseguir plutônio e urânio, gerando assim menos lixo radioativo. Deverá ser mais seguro o processo de fusão porque requer um controle de temperatura e pressão, que o processo de fissão não exige, significando que na eventualidade dos reatores serem danificados o processo se desligará quase que de imediato.

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